13 January 2024

Mulheres de Cinzas (As Areias do Imperador #1)

Minha primeira leitura da obra de Mia Couto, "Mulheres de Cinzas" é um romance histórico diferente e maravilhoso, dentro de um estilo de prosa poética, e que passa, além dos fatos, que expõe a complicada formação da identidade moçambicana através dos pontos de vista de uma jovem negra e de um oficial doo reino português, ambientado no final do século XIX.
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Mulheres de Cinzas (As Areias do Imperador #1) - Mia Couto | Companhia das Letras, 2015 | 344 páginas | Lido de 16.05.16 a 19.05.16
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SINOPSE

Primeiro livro da trilogia As Areias do Imperador, Mulheres de cinzas é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane (ou Gungunhane, como ficou conhecido pelos portugueses), o último dos líderes do Estado de Gaza - segundo maior império no continente comandado por um africano.

Em fins do século XIX, o sargento português Germano de Melo foi enviado ao vilarejo de Nkokolani para a batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Ali o militar encontra Imani, uma garota de quinze anos que aprendeu a língua dos europeus e será sua intérprete. Ela pertence à tribo dos VaChopi, uma das poucas que ousou se opor à invasão de Ngungunyane. Mas, enquanto um de seus irmãos lutava pela Coroa de Portugal, o outro se unia ao exército dos guerreiros do imperador africano.

O envolvimento entre Germano e Imani passa a ser cada vez maior, malgrado todas as diferenças entre seus mundos. Porém, ela sabe que num país assombrado pela guerra dos homens, a única saída para uma mulher é passar despercebida, como se fosse feita de sombras ou de cinzas.

Ao unir sua prosa lírica característica a uma extensa pesquisa histórica, Mia Couto construiu um romance belo e vívido, narrado alternadamente entre a voz da jovem africana e as cartas escritas pelo sargento português.
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RESENHA

Misturar o gênero de romance histórico, com sua ênfase em eventos e trama com a prosa mais trabalhada e lírica dos romances ditos "literários" e sair algo bem feito é para poucos. Porque o gênero "literário" também tem suas convenções e exigências, como um maior cuidado com o lado lírico da prosa, a exploração psicológica mais profunda e o uso da narrativa e de metanarrativas intercalado com a existência ou não de trama.

Acredito que "Mulheres de Cinzas" consegue esse feito. Talvez seja o fruto da pesquisa extensa feita por Mia Couto sobre o período da colonização portuguesa de Moçambique no final do século XIX, a mistura deu muito certo.

De um lado temos um contexto histórico complexo, abordado sem maniqueísmos, com a decadência das tribos africanas frente ao domínio colonial e os impactos desastrosos da interferência européia nos conflitos tradicionais dos povos de Moçambique e região.

Ao invés de focar no aspecto externo da trama, a ameaça de destruição da tribo dos VaChopi frente ao império africano dos Gungunhanes, Mia Couto mergulha fundo na alma dos protagonistas, misturando a riqueza folclórica e cultural das tribos africanas com questões de racismo, linguagem, identidade feminina e tribal, e a dissolução da identidade que acontece com conquistadores e conquistados, quando culturas diferentes são forçadas a coexistirem.

Gostei muito do livro, a leitura é agradável e cheia de frases fantásticas! É um daqueles livros que se você começar a sublinhar as frases que mais gostou, vai acabar riscando o livro inteiro!

Uma dica, experimente ler em voz alta algumas passagens para ver como o Mia Couto é fera! :)
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RECOMEDAÇÕES

Recomendo "Mulheres de Cinzas" para quem:

Curte romances com prosa poética, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa (o grande guru do Mia Couto).
Queira conhecer um pouco da história de Moçambique
Queira entender mais a complicada questão da identidade africana.
Quem curte histórias tristes (sim, o romance é bem triste e melancólico).
Quem queira conhecer mais sobre a visão de mundo de uma tribo africana.
Quem curte a mistura de romance histórico com prosa e caracterização mais aos modos da chamada "alta literatura".
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CITAÇÕES

"A diferença entre a Guerra e a Paz é a seguinte: na Guerra, os pobres são os primeiros a serem mortos; na Paz, os pobres são os primeiros a morrer.

Para nós, mulheres, há ainda uma outra diferença: na Guerra, passamos a ser violadas por quem não conhecemos."

"Mulheres de Cinzas" (Capítulo 9) - Mia Couto, 2015.
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"Na manhã seguinte dirigi-me descalça para o rio Inharrime. Mergulhei no leito até que a água me chegou ao peito. Não era que quisesse morrer afogada, arrastada nas fundas correntezas. A minha intenção era a oposta: queria engravidar do rio.

Sucedera antes com outras mulheres esse fecundo namoro. O segredo era ficarem quietas até que a alma delas não se distinguisse das folhas, flutuando mortas, corrente abaixo. Era isso que queria naquele momento.

Porque de uma coisa eu estava certa: nenhum homem haveria de me possuir. Restava-me o rio, o meu rio de nascença. As águas já me fluíam por dentro quando encalhei na margem, paralisada como um velho e náufrago tronco. E ali me deixei até recuperar forças para o regresso a casa.

Foi então que os meus pés se afundaram no matope. Em vez de contrariar essa ausência de chão, libertei-me das vestes e, toda nua, abandonei-me ao abraço viscoso da lama. Por um momento deixei-me possuir pelo prazer de sentir a pele coberta por uma outra pele. Entendi então o gosto dos animais pelo banho de lama. Era por isso que ansiava: ser um bicho, sem crença, sem esperanças."

"Mulheres de Cinzas" (Capítulo 17) - Mia Couto, 2015.

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PRÓXIMAS LEITURAS

Agora, antes de retornar para Westeros com "O Cavaleiro dos 7 Reinos" e "A História de Game of Thrones", lerei o clássico do romance histórico italiano, "O Deserto dos Tártaros" de Dino Buzzati e depois "Vasto Mundo", de Maria Valéria Rezende, ganhador do Prêmio Jabuti do ano passado.

E vamos ler porque ler é DOIDIMAIS! :)

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Que escrita maravilhosa... 8535926623 Not a dull moment in this enchanting, damned place. 8535926623 Realismo fantástico que beira o horror das guerras do Império de Gaza, denunciando a condição feminina da jovem Imani. 8535926623 É-me, provavelmente, das reviews menos fáceis de escrever sobre um livro de Mia Couto pois, desta vez, a ser sincera, não posso escrever adorei. O livro tem partes belíssimas, sobretudo no início e no fim, mas pelo meio fica um sabor de aquém, de qualquer coisa que lhe falta. Não pela qualidade da escrita, que em Mia Couto é sempre mágica, mas pela própria estrutura do livro que, entre os capítulos que alternam entre a ação e o registo das cartas escritas pelo sargento, se torna um pouco expectável e repetitiva. Talvez por ser fã de romances históricos e fã maior ainda de Mia Couto tivesse expectativas demasiado elevadas, mas Mulheres de Cinza não é, de todo, o melhor livro de Mia Couto. Ainda bem, significa que o melhor estará, ainda, por vir. 8535926623 Este é o primeiro livro da triologia de Moçambique. Um livro que aborda a guerra entre o imperador e os portugueses

É interessante o escritor misturar a História de duas nações tão distintas, e fazer com que um soldado português se apaixone por uma negra.

Imani não é uma rapariga qualquer. Ela é uma das mulheres de cinza, sem nome e que necessitamde casar para darem descendência. Mas a sua família não a rejeita, apesar de ela continuar solteira. Seu pai encarrega de faze-la espiar a correspondência do soldado Germano. Soldado esse de quem ela acabará por gostar.

Uma obra muito rica. Mia Couta escreve com poesia e verdade. Desejosa de ler a continuação 8535926623 "Written words are mighty spells, capable of potent magic."
Wow: I just read my first novel from Mozambique, and the story sucked me in, entranced me, messed with my head, made me question what I know about literature, hit me over the head with an unexpected finale and spat me out. Now I'm dizzy and I think I need a witch doctor.

Until 1975 (!), Mozambique was a Portuguese colony, and this book's author, Mia Couto (b. 1955), is the son of Portuguese settlers. When his parents went back to Portugal, he and his siblings decided to stay in their native country, and Couto is now one of the most important writers in Mozambique. This background info is relevant for the story he is telling in this historical novel: In 1894, Portuguese Sergeant Germano de Melo is court-martialed after an attempted military revolt and, as his punishment, is posted to the village of Nkokolani to oversee the Portuguese conquest of territory claimed by Ngungunyane, the last of the leaders of the Gaza Empire (Gaza, 1824-1895, was the second-largest empire led by an African; the Republican revolt against the Portuguese King also really happened).

In the village, he meets 15-year-old Imani whom he hires as an interpreter. She belongs to a tribe that sided with the Portuguese, but her own family is torn between the Crown and the African Emperor. Between Germano and Imani, a curious dynamic unfolds, and by telling the story about the destiny of this contested village and its people, Couto meditates on Mozambique, Portugal, colonialism, racism, and literature.

The story is told in alternating voices by Imani and Germano and draws its poetic strength from this juxtaposition: Imani talks about the history, customs and beliefs of her people, telling many folkloric tales and employing lots of magical realism to bring her (very real) points across, while Germano desperately tries to cling to so-called reason and reality, until he cannot uphold appearances anymore: The truth his nation defends is no truth at all. Germano starts to lose his mind, and the Emperor of Gaza is progressing.

This book is full of piercing metaphors and moving images, and I especially liked the role that words, language and literature itself play in the book. E.g., while Germano admires Imani's beautiful spoken Portuguese, he can hardly tolerate to watch her write, because of the power she acquires by doing this. Imani knows about that power, and she uses it by writing her story:

"This is the story of the rivers. The greedy may steal their water until they run dry. But they won't steal their history. (...) In the dust and ashes, I write the names of the dead. So that they may be born again from the footprints we leave."

If you - like me - think that this is some powerful writing, read that book, it is full of passages like this one (I can't help myself, I have to add in one more quote: "My father was a tuner of the infinite marimba that is the world" - wow, Couto, just wow). Highly recommended. 8535926623 Após a leitura da contra-capa, fiquei um pouco hesitante em embrenhar-me mais uma vez pela leitura de Mia Couto, logo o primeiro de uma trilogia, por vezes tenho a sensação de que ele escreve sempre o mesmo livro. Mas é uma escrita tão melódica, difícil de resistir. Pensei que pudesse ser outra Terra Sonâmbula com laivos de O Outro Pé da Sereia, mas é diferente. A História dá-lhe um toque especial. Poderia passar-se nos dias de hoje, porque o tempo parece não passar por Moçambique, ou se passa, é com certeza um tempo diferente. Cartas sem resposta de um militar desterrado alternadas com o relato de uma mulher... gostei bem mais da parte dela. Mas a leitura ganhou asas, e quando dei por mim, voou... Muito bom para um fim-de-semana prolongado com muito sol! 8535926623 There are few books that I've disliked as much as this one. While it is possible that something (or a lot of somethings) was lost in translation, the exceptional lack of story and the self-absorbed characters rendered this book almost unreadable.

The premise seems promising--a young Portuguese sergeant is stationed in a forgotten outpost in Mozambique where he is faced with growing unrest and the threat of an army, led by the emperor of the State of Gaza, Ngungunyane. In order to better understand his new surroundings, the sergeant employs a young girl, taught by Portuguese missionaries, to help surpass both language and cultural misunderstandings. Inevitably, as time goes on, he becomes infatuated with her and hopes to win her love in return.

Unfortunately, none of the promise of this book pans out.

The sergeant is foppish in his attempts to do anything. He writes lengthy letters to a man he's seemingly never met about every thought that enters his mind. He vacillates between feelings of kindness and respect for the local people and then, inexplicably, denounces them as savages, not worthy of respect. In fact, all of this happens mostly in his mind as he does absolutely nothing but write these letters and occasionally meets with his young guide.

The young girl, Imani, is entirely flat--her words and feelings distilled to a few aphorisms and incomprehensible rants on a lack of identity.

Most of the book seems to be building up to a final battle between Portuguese troops and those of the Emperor, yet when the battle comes it is nothing but a few sentences. Nothing more than a whimper. Instead, as soon as the battle begins, we return to mindless rants from both Imani and the sergeant.

It would be unfair to say that a white man cannot fairly represent women and black Africans, but in this case it would be true. Mia Couto, who is a white man, created characters that are so flat, so lifeless that it is amazing this book was even published. When Imani speaks it is nothing like the voice of a young girl, nothing like a member of a long-established, proud tribe, but instead it is a terrible, pathetic cliche. Again, this could very well be the fault of the translator, but then it is the translator that has failed this book beyond belief. 8535926623

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(English)Journalist and a biologist, his works in Portuguese have been published in than 22 countries and have been widely translated. Couto was born António Emílio Leite Couto.He won the 2014 Neustadt International Prize for Literature and the 2013 Camões Prize for Literature, one of the most prestigious international awards honoring the work of Portuguese language writers (created in 1989 by Portugal and Brazil).An international jury at the Zimbabwe International Book Fair called his first novel, Terra Sonâmbula (Sleepwalking Land), one of the best 12 African books of the 20th century.In April 2007, he became the first African author to win the prestigious Latin Union Award of Romanic Languages, which has been awarded annually in I (English)Journalist and a biologist, his works in Portuguese have been published in than 22 countries and have been widely translated. Couto was born António Emílio Leite Couto.He won the 2014 Neustadt International Prize for Literature and the 2013 Camões Prize for Literature, one of the most prestigious international awards honoring the work of Portuguese language writers (created in 1989 by Portugal and Brazil).An international jury at the Zimbabwe International Book Fair called his first novel, Terra Sonâmbula (Sleepwalking Land), "one of the best 12 African books of the 20th century."In April 2007, he became the first African author to win the prestigious Latin Union Award of Romanic Languages, which has been awarded annually in Italy since 1990.Stylistically, his writing is heavily influenced by magical realism, a style popular in modern Latin American literature, and his use of language is inventive and reminiscent of Guimarães Rosa.Português)Filho de portugueses que emigraram para Moçambique nos meados do século XX, Mia nasceu e foi escolarizado na Beira. Com catorze anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três anos depois, em 1971, mudou se para a cidade capital de Lourenço Marques (agora Maputo). Iniciou os estudos universitários em medicina, mas abandonou esta área no princípio do terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois do 25 de Abril de 1974. Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações em Setembro de 1975, por colonos que se opunham à independência. Foi nomeado diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações de correspondentes entre as províncias moçambicanas durante o tempo da guerra de libertação. A seguir trabalhou como diretor da revista Tempo até 1981 e continuou a carreira no jornal Notícias até 1985. Em 1983 publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho, que inclui poemas contra a propaganda marxista militante. Dois anos depois demitiu se da posição de diretor para continuar os estudos universitários na área de biologia.Além de ser considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique, é o escritor moçambicano mais traduzido. Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué.Na sua carreira, foi também acumulando distinções, como os prémios Vergílio Ferreira (1999, pelo conjunto da obra), Mário António/Fundação Gulbenkian (2001), União Latina de Literaturas Românicas (2007) ou Eduardo Lourenço (2012). Ganhou em 2013 o Prémio Camões, o mais importante prémio para autores de língua portuguesa. Mulheres de Cinzas (As Areias do Imperador #1) Primeiro livro da trilogia As Areias do Imperador, Mulheres de cinzas é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane (ou Gungunhane, como ficou conhecido pelos portugueses), o último dos líderes do Estado de Gaza - segundo maior império no continente comandado por um africano.

Em fins do século XIX, o sargento português Germano de Melo foi enviado ao vilarejo de Nkokolani para a batalha contra o imperador que ameaçava o domínio colonial. Ali o militar encontra Imani, uma garota de quinze anos que aprendeu a língua dos europeus e será sua intérprete. Ela pertence à tribo dos VaChopi, uma das poucas que ousou se opor à invasão de Ngungunyane. Mas, enquanto um de seus irmãos lutava pela Coroa de Portugal, o outro se unia ao exército dos guerreiros do imperador africano.

O envolvimento entre Germano e Imani passa a ser cada vez maior, malgrado todas as diferenças entre seus mundos. Porém, ela sabe que num país assombrado pela guerra dos homens, a única saída para uma mulher é passar despercebida, como se fosse feita de sombras ou de cinzas.

Ao unir sua prosa lírica característica a uma extensa pesquisa histórica, Mia Couto construiu um romance belo e vívido, narrado alternadamente entre a voz da jovem africana e as cartas escritas pelo sargento português.
Mulheres de Cinzas (As Areias do Imperador #1)